CULTURA INDÍGENA E AFRO-BRASILEIRA


O ensino de História tem passado por uma ampla renovação e o lugar dos povos indígenas na História também está sendo revisto. Um marco dessa mudança foi a criação da lei federal nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da história e cultura indígenas nas escolas de ensino básico. Como propostas de renovação, a temática indígena na sala de aula deve considerar:

 

I – As contribuições das culturas indígenas nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

II – A inclusão de diversos aspectos da história e da cultura indígena que caracterizam a formação da população brasileira.

III – A criação de uma disciplina curricular para ensinar os alunos a compreender e reconhecer os direitos históricos desses povos.

 

É correto o que se afirma em:

 


II e III, apenas.


I e II, apenas.


III, apenas.


I e III, apenas.


I, II e III.

No contexto das políticas de ações afirmativas, podemos destacar o sistema de cotas raciais como o mais controverso, pois gerou opiniões favoráveis e contrárias. A primeira universidade a adotar esse importante sistema de acesso ao ensino superior foi:

 


Universidade de São Paulo (USP)


Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)


Universidade Federal do Paraná (UFPR)


Universidade de Brasília (UnB)


Universidade federa de Minas Gerais (UFMG)

Leia com atenção:

 

Em universos socioculturais específicos, como aqueles constituídos por cada sociedade indígena no Brasil, os mitos se articulam à vida social, aos rituais, à história, à filosofia própria do grupo, com categorias de pensamento localmente elaboradas que resultam em maneiras peculiares de conceber a pessoa humana, o tempo, o espaço, o cosmos. Neste plano, definem-se os atributos da identidade pessoal e do grupo, distintiva e exclusiva, construída pelo contraste com aquilo que é definido como o "outro": a natureza, os mortos, os inimigos, os espíritos... (SILVA, Aracy Lopes da. Mitos e Cosmologias Indígenas no Brasil. Basília, MEC, 2000, p. 75).

 

O texto nos permite concluir que a religiosidade dos diferentes povos indígenas é caracterizada:

 


Por uma cosmovisão animista.


Por uma cosmovisão cristã.


Pelo canibalismo e xamanismo.


Pela crença num único deus.


Pelo sincretismo religioso.

A longa trajetória de luta pelo reconhecimento dos direitos indígenas trouxe um amadurecimento desses povos e seus representantes, que hoje se estruturam, a partir dos movimentos indígenas. O principal aspecto que difere as “políticas indígenas” das “políticas indigenistas” é que aquelas são criadas:

 


Pelo Governo Federal.


Pelo SPI e a Funai.


Por organizações não-governamentais.


Por grupos religiosos animistas.


Pelos próprios índios.

As línguas indígenas mais faladas são aquelas que também dispõe de maior registro documentado e de descendentes contemporâneos, o que possibilita um maior conhecimento sobre elas, a exemplo do Tupi e do Guarani. Porém, quando falamos sobre literatura indígena é correto afirmar que, tradicionalmente, as primeiras produções literárias foram difundidas através:


dos catequização e dos valores trazidos pelos jesuítas.


do modelo escolar ocidental, trazido pelos europeus.


da escrita indígena, principalmente na língua tupi.


dos escritos dos cronistas portugueses no período colonial.


da tradição oral das narrativas indígenas.

Leia atentamente o trecho abaixo:
Se a convivência com os indígenas constitui a primeira e mais profunda maneira de se conhecer seu modo de vida e de pensamento, ela não é a única. (FUNARI, P. P.; PIÑON, A. A temática indígena na escola. Contexto, 2011, p. 34)


A partir do fragmento acima, assinale a alternativa mais correta em relação aos materiais que podem servir como fonte de conhecimento dos povos indígenas:

 


Os relatos de viajantes estrangeiros.


Os documentos da FUNAI (Fundação Nacional do Índio).


A arqueologia e a literatura.


Os documentos oficiais de Estado.


A gramática tupi-guarani.

Com o surgimento do movimento indígena organizado a partir da década de 1970, os povos indígenas do Brasil chegaram à conclusão de que era importante manter, aceitar e promover a denominação genérica de índio ou indígena, [...] principalmente, para demarcar a fronteira étnica e identitária entre eles, enquanto habitantes nativos e originários dessas terras. [...] A partir disso, o sentido pejorativo de índio foi sendo mudado para outro positivo de identidade multiétnica de todos os povos nativos do continente.

(LUCIANO BANIWA. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. MEC/Museu Nacional, 2006, p. 30-31.

 

Ao ressignificar os termos índio ou indígena, alguns dos objetivos do movimento indígena podem ser identificados como:

 


A união de esforços por uma luta em prol dos povos indígenas das florestas, diferenciando-os dos indígenas urbanizados.


A unificação de todos os povos numa mesma definição, para facilitar a compreensão de sua cultura e sua inserção na sociedade brasileira.


A união, a articulação, a visibilidade e o fortalecimento de todos os povos originários do atual território brasileiro.


O rompimento da visão equivocada sobre povos oriundos de outros continentes e sobre povos originários do atual território brasileiro.


A demarcação de fronteiras territoriais entre os povos originários dessas terras e povos oriundos de outros continentes.

Leia atentamente o trecho a seguir:
“Durante o passar dos anos, houve várias formas de organização do movimento negro, que atuavam em diversas frentes. É preciso ter em mente que esses movimentos também possuíram agendas de luta diversas que mudaram conforme as novas conquistas foram obtidas.” (AIDAR, M. A M. Relações étnico raciais: algo sobre os brasileiros. Uniube, 2013).


De acordo com o trecho e com base nos estudos realizados, é correto afirmar que, em relação ao movimento negro no Brasil, a conquista de direitos ao longo do tempo se deu através de:

 


processos de luta dos trabalhadores e da população em situação de desigualdade.


leis estatais que deram proteção às minorias sociais.


pressões internacionais que obrigavam a inclusão social das minorias sociais.


revoluções políticas que deram mais direitos aos negros.


reconhecimento da elite dominante das explorações realizadas através dos séculos.

Leia com atenção:

A importãncia de um quilombo está no estilo de vida, na forma de organização social, que ele preserva. Existe um modo de vida afro-brasileiro original que se manifesta através de festivais, músicas, danças, narrativas e religiosidade. O decreto criou novos canais para esse paradigma cultural. Uma vez licenciados, esses grupos passam a ser detentores legais de práticas culturais intangíveis, consideradas tradicionais; manifestações fundamentais no processo de reconhecimento da cultura afro-brasileira. (ELIAS, Aluizio F. Cultura afro-brasileira: arte, religião e literatura. In: Cultura indígena e afro-brasileira. Uniube, 2019, p. 116)

 

O textoo destaca a importância de se valorizar os quilombos como um:

 


patrimônio cultural brasileiro.


território de isolamento da população negra.


local de preservação ambiental.


patrimônio histórico mundial.


território de concentração de escravos.

O documento da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adotado pela ONU em 2007, foi um importante marco dos direitos humanos, destinado a corrigir as situações de marginalização e discriminação contra as sociedades indígenas de todo o mundo. Sobre esse conjunto de reivindicações que busca melhorar as relações dos povos indígenas, destacam-se:

 

I – Direito de determinar livremente seu status político e perseguir livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural.

II – Direito de manter seus próprios meios de comunicação em suas línguas.

III – Direito de serem adequadamente consultados antes da adoção de medidas legislativas ou administrativas de qualquer natureza.

IV – Direito à reparação de qualquer propriedade cultural, intelectual, religiosa ou espiritual subtraída sem consentimento prévio informado.

 

É correto o que se afirma em:

 


II e IV, apenas.


I, II, III e IV.


I, II e IV, apenas.


II, III e IV, apenas.


I, II e III, apenas.

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